Cada lar é diferente do outro, mas a limpeza da casa costuma ser uma das prioridades de todos os seus moradores.
Algumas pessoas fazem a limpeza todos os dias. Outras, uma vez por semana. Ainda outras complementam a limpeza de rotina com uma faxina profunda, semestral ou anual.
Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional da Limpeza dos Estados Unidos, 70% dos lares realizam pelo menos uma limpeza anual completa.
Para muitos, o mais importante é a cozinha e, para outros, o banheiro. Costumamos concentrar os esforços no forno, no vaso sanitário e nos tapetes, onde sabemos com certeza que se acumulam germes, fungos, ácaros e bactérias.
Mas existem alguns objetos e espaços específicos aos quais nem sempre prestamos a mesma atenção. Neles, também se acumula sujeira e, às vezes, em proporção até maior do que outros lugares mais óbvios.
Você talvez não limpe estes quatro objetos da casa... mas deveria!
A Cafeteira
A água quente usada para fazer café não consegue retirar os germes e bactérias da cafeteira.
Uma pesquisa da Organização de Saúde e Segurança Pública dos Estados Unidos (NSF, na sigla em inglês) concluiu que um dos objetos de cozinha com maior número de germes é a cafeteira.
Os pesquisadores encontraram até 67 tipos de germes diferentes dentro das cafeteiras examinadas.
Existem dois problemas na hora de fazer café: primeiro, a água quente não consegue retirar todos os germes e, segundo, a cafeína favorece o crescimento de bactérias. Além disso, durante o processo, ocorre um acúmulo de minerais que forma a borra, dificultando o funcionamento da máquina.
Por isso, os especialistas recomendam limpar a cafeteira pelo menos uma vez a cada três meses. Nos aparelhos que usam cápsulas, recomenda-se a limpeza após o uso de 100 unidades.
O Colchão
Foram desenvolvidos novos métodos de limpeza dos colchões nos últimos anos.
Limpar o colchão não é fácil, pois o corpo humano produz 1,5 grama de pele morta todos os dias, que invariavelmente se acumulam nele.
Um estudo publicado pela revista Royal Society Open Science em 2018 demonstrou que o colchão onde dorme um ser humano é quase 30% mais sujo do que o de um chimpanzé, devido ao acúmulo de pele morta, pó e suor, que formam um solo fértil para ácaros e bactérias.
Os especialistas recomendam, além da limpeza regular, colocar o colchão ao sol para reduzir a umidade e utilizar o aspirador para controlar o mofo.
Sacolas de Compras Reutilizáveis
As sacolas reutilizáveis, adotadas para substituir os sacos plásticos descartáveis, também abrigam muitas bactérias, pois geralmente ficam no carro ou no carrinho do supermercado sem serem lavadas.
"Essas sacolas contêm mais vestígios de material fecal e de bactérias como E. coli que a nossa roupa de baixo", afirmou o microbiólogo Charles P. Gerba, da Universidade do Arizona, em declaração ao portal de notícias AARP.
"Se você usar as mesmas sacolas para carregar carne crua e vegetais crus, pode fazer uma 'salada de salmonela' com muita facilidade", acrescentou Gerba.
O Instituto Nacional da Limpeza dos Estados Unidos recomenda que as sacolas reutilizáveis sejam lavadas à mão (pois a máquina de lavar pode danificá-las) pelo menos uma vez por semana.
A Esponja de Lavar Louça
A esponja da cozinha é usada para retirar a sujeira dos pratos e panelas, e, por conta do sabão utilizado na lavagem, muitas vezes não damos atenção à limpeza da própria esponja.
No entanto, um estudo da Universidade de Furtwangen, na Alemanha, destacou que pode haver mais germes e bactérias perigosas na esponja do que na própria pia.
O estudo identificou 362 tipos diferentes de bactérias nas esponjas de cozinha analisadas – bem mais do que as encontradas no banheiro. Isso ocorre devido à constante umidade e aos espaços vazios presentes na esponja, que são ideais para o crescimento de germes.
Os especialistas recomendam lavar as esponjas pelo menos uma vez por semana com cloro ou água sanitária para evitar esse perigoso acúmulo de bactérias.